DEPRESSÃO E TRISTEZA



A depressão assume números alarmantes no Brasil e no mundo. “Pesquisas indicam que a depressão é um dos quatro distúrbios psiquiátricos mais freqüentes no Brasil. Se os valores em nosso país forem semelhantes aos observados nos Estados Unidos, a população adulta afetada deverá ser em torno de 6 milhões de pessoas”.

Mas as origens da depressão são variados e podem advir da genética, traumas, estresse psíquico, sedentarismo, estilo de vida, etc.

No entanto precisamos hoje ter uma clara definição do que é depressão, pois muitas pessoas estão sendo diagnosticadas com a doença quando a situação não é realmente fisiológica.

A Doença Fisiológica
A Depressão propriamente dita ocorre quando há uma deficiência na produção de neuro-hormônios no cérebro. Substâncias como a Serotonina são as responsáveis para oferecer aos humanos a sensação de bem estar; a depressão fisiológica surge quando esse mecanismo não funciona e a Serotonina para de ser fabricada. Há vários motivos para essa perda de produção. Uma pessoa sedentária com um estilo de vida desfavorável tem sua produção de Serotonina diminuída.

O nosso cérebro naturalmente produz a Serotonina; somente em casos de anomalia genética ela não é produzida. Para ser produzida, as pessoas tem de se submeter a certas rotinas quanto ao estilo de vida. Coisas como se expor ao sol, caminhar em áreas verdes com ar puro, exercícios físicos, produzem naturalmente o neuro-hormônio.

Senso assim em casos específicos é que existirá a doença fisiológica determinada pela genética. Na maioria dos casos é resultado de um estilo de vida desfavorável.

Tipos de depressão

A Depressão se manifesta com os seguintes sintomas:
• Tristeza persistente, ansiedade ou sensação de vazio;
• Sentimentos de desesperança, pessimismo
• Sentimentos de culpa, inutilidade, desamparo
• Perda do interesse ou prazer em passatempos e atividades que anteriormente causavam prazer, incluindo a atividade sexual
• Insônia, despertar matinal precoce ou sonolência excessiva
• Perda do apetite e/ou peso, ou excesso de apetite e ganho de peso
• Diminuição da energia; fadiga, sensação de desânimo
• Idéias de morte ou suicídio; tentativas de suicídio
• Inquietação, irritabilidade
• Dificuldade para concentrar-se, recordar e tomar decisões
• Sintomas físicos e persistentes que não respondem a tratamento; por exemplo: dor de cabeça, distúrbios digestivos e dor crônica

“A depressão maior caracteriza-se por uma combinação de sintomas (lista acima) que interferem na capacidade de trabalhar, dormir, alimentar-se e desfrutar de atividades anteriormente consideradas agradáveis pela pessoa. Estes episódios depressivos incapacitantes podem ocorrer uma, duas ou várias vezes durante a vida. Um tipo menos grave de depressão é a distimia, que envolve sintomas crônicos e prolongados, não tão incapacitantes, mas que impedem a sua plena capacidade de ação ou que você se sinta bem. Às vezes, pessoas com distimia apresentam, também, episódios de depressão maior. Outro tipo é o distúrbio bipolar, antigamente denominado doença maníaco-depressiva. Não é tão freqüente quanto as outras formas de doenças depressivas. Caracteriza-se por ciclos de depressão e euforia ou mania”.

Sintomas sem a doença
A grande problemática é que pode-se exibir os principais sintomas da depressão sem ter propriamente a doença. Pessoas que exibam três ou quatro sintomas e no entanto não perfazem o quadro geral da depressão não devem assumir a doença.

Nos dias que vivemos, com os valores e padrões de vida que perseguimos, muitas pessoas se sentem desanimadas, tristes e deprimidas diante das expectativas de não cumprimento dos sonhos e caem em desânimo. O que pode ocorrer é um falso quadro de sintomas desencadeados por perdas de emprego, baixos salários, relacionamentos instáveis e uma lista enorme de coisas do cotidiano e que no entanto não se caracterizam pela depressão propriamente dita.

Há ainda fatores, como já mencionamos, de estilo de vida que levam a uma pessoa a não estimular a produção de Serotonina. Pessoas que trabalham em ambientes fechados, pouco se expõem a luz do sol, não fazem exercícios e tem uma alimentação não natural, são propensas ao estresse e a ficarem deprimidas.

Há muita gente deprimida por ai, mas que não estão com a doença depressão. As mulheres são as que mais sofrem do mal, e no entanto são as que mais estão sujeitas a estarem deprimidas por jornadas duplas de trabalho, relacionamentos não ideais, não realização profissional, solidão e dezenas de outros fatores. A maioria delas é diagnosticada com depressão quando não possuem a doença.

Depressão induzida
Pessoas deprimidas, tristes e desanimadas que iniciam tratamento para depressão com medicamentos chamados inibidores específicos da recaptação da serotonina, ou ISRS ou antidepressivos, da qual fazem parte remédios como o Prozac (fluoxetina) e o Zoloft (sertralina), podem estar induzindo a doença a se instalar definitivamente.

Esses medicamentos fazem as células do cérebro (neurônios) recapturarem a pouca Serotonina que esta sendo produzida e um estado de melhora é induzido pelo fármaco. Acontece que o mecanismo natural do cérebro é dispensado, as vias naturais de produção do neuro-hormonio são ignoradas, e assim a fisiologia é anulada, em favor da recaptação artificial induzida pelas drogas.

Pode estar acontecendo que muitas pessoas que passavam por uma má fase na vida e que se sentiram deprimidas estejam sendo medicadas para serem depressivas em potencial.

O quadro de depressão é um estado agudo, muito diferente do que as pessoas estão trazendo aos consultórios e ambulatórios; há muitos motivos para se estar deprimido hoje em dia e não se pode apelar para o medicamento para solucionar algo que é perfeitamente normal – ter sentimentos de tristeza.


Sai tristeza!
As mulheres que estão entre as mais propensas a depressão, devem fazer exercícios físicos, tomar sol, respirar ar puro intensa e profundamente e optar por uma dieta natural. Os hábitos femininos geralmente são de sedentarismo e inatividade, e a depressão vai se manifestar com a diminuição do estímulo da Serotonina. Se for adotado um estilo de vida saudável, certamente o mecanismo natural vai se reativado.

“A inatividade é prolífera causa de doenças. O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. Esse estado do organismo lança um duplo fardo sobre o sistema excretor, dando em resultado a doença”. CBV 238

Há ainda os fatores relacionais e psíquicos. E um lembrete pode ajudar neste quesito – sua saúde não tem preço – outras pessoas não valem o bastante para suprimir sua alegria. Se valorize e não permita que terceiros determinem o seu mal estar. Xô tristeza!

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