HIPERTENSÃO – UMA EPIDEMIA MUNDIAL


Várias doenças do metabolismo são hoje verdadeiras epidemias; entre elas está a obesidade, diabetes e a hipertensão, sendo esta última considerada uma “epidemia silenciosa”. “Isso significa que a presença da hipertensão em um quadro de obesidade é uma porta aberta para a entrada da diabetes tipo 2. Essas três doenças, quando associadas, são a principal causa de insuficiência renal crônica. Esse quadro é composto pelo que os médicos norte-americanos chamam de "quarteto da morte": obesidade, hipertensão, diabetes 2 e risco cardiovascular.” (Fonte: Sociedade Brasileira de Hipertensão – SBH)

Ao redor do mundo são ao todo 1 bilhão de pessoas com a doença diagnosticada, sendo que na Europa são 1,9 milhões. Mas os números são bem maiores, pois 70% das pessoas desconhece que é hipertensa. No Brasil, a SBH estima que haja 30 milhões de hipertensos, cerca de 30% da população adulta. Entre as pessoas com mais de 60 anos, mais de 60% têm hipertensão.

A estratégia de se tratar a hipertensão através de modificações do estilo de vida – o que é chamado de tratamento não-medicamentoso. Os principais fatores ambientais modificáveis da hipertensão arterial são os hábitos alimentares inadequados, principalmente a ingestão excessiva de sal e baixo consumo de vegetais, sedentarismo e obesidade.

“A SBH estima que 5% da população com até 18 anos tenham hipertensão – são 3,5 milhões de crianças e adolescentes brasileiros. Diversos estudos levantaram a prevalência da hipertensão juvenil. No Rio de Janeiro, por exemplo, ela está em torno de 7%. Em Belo Horizonte e Florianópolis é de 12%. Em Salvador, 4% das crianças e adolescentes têm hipertensão arterial. “A medida da pressão arterial deve ser avaliada em toda consulta médica a partir de 3 anos de idade”, recomendam as diretrizes”.

Informações importantes:
1.A hipertensão arterial pode ser de dois tipos: hipertensão secundária - quando é causada por outra doença, como um problema renal; e hipertensão essencial, a qual não tem causa definida. Ambas as formas da doença podem acometer idosos, adultos, jovens e crianças.
2.Todos devem ter a sua pressão aferida regularmente, inclusive as crianças, durante as consultas ao pediatra.
3. Enquanto no adulto saudável, a pressão ótima é abaixo de 120/80mmHg (12 por 8), na faixa etária até os 18 anos esse dado não é arbitrário. Os níveis que configuram a hipertensão são avaliados pelo médico levando-se em conta idade, sexo e estatura, estabelecidos em uma tabela específica.
4. Entre as crianças e adolescentes, a hipertensão essencial está geralmente associada ao estilo de vida - sedentarismo e má-alimentação, principalmente o sobrepeso e a obesidade.
5. A hipertensão essencial raramente apresenta sintomas, só podendo ser diagnosticada por meio da medida da pressão.
6. O estilo de vida das crianças e adolescentes geralmente está associado aos hábitos dos pais. É importante que estes dêem o exemplo desde cedo.
7. Em grande parte dos casos, a hipertensão do adulto começa na infância. Nessa fase, mesmo a forma leve da doença é capaz de provocar alterações danosas ao organismo, como o aumento do coração e seu mau funcionamento, problemas nos rins e alterações nos vasos sangüíneos dos olhos. As alterações podem trazer complicações graves na idade adulta.
8. Os cuidados começam na gestação. Pesquisas relacionam a nutrição da gestante, o desenvolvimento fetal e a dieta do lactente com o surgimento de doenças cardiovasculares e renais no futuro.
9. O leite materno é considerado a dieta ideal para o lactente até seis meses de idade. O aleitamento artificial pode produzir ganho de peso excessivo e contribuir para o surgimento de obesidade infantil.
10.Na maioria dos casos, é possível tratar a hipertensão essencial em crianças e adolescentes sem medicamentos. O tratamento é feito com alterações na dieta - que deverá incluir frutas, verduras e pouco sal, e com um programa adequado de atividade física. (Fonte: Sociedade brasileira de Hipertensão).


O Imperial College de Londres em um estudo publicado revela que uma dieta rica em legumes e verduras pode ajudar a reduzir a pressão sanguínea, enquanto o alto consumo de carne tende a aumentar a pressão arterial.

Legumes e verduras contêm menos sal e mais vitaminas antioxidantes, tem baixas calorias, alto teor de fibras e ajudam a controlar a diabetes. O consumo de proteínas vegetais, em vez de proteínas animais, pode trazer vários benefícios para pessoas que têm alto risco de desenvolver doenças coronárias, derrames e diabetes.

A incidência de pressão arterial alterada entre pessoas que seguem um estilo de vida moderado, é devido a não associação dos vários fatores desse estilo de vida. Há muitas pessoas que para de comer a carne vermelha, mas nunca fazem exercícios regulares ou controlam a ingestão de alimentos calóricos (doces e massas). O estilo de vida que beneficia os hipertensos e age de forma preventiva para outras doenças, é aquele que segue as diretrizes básicas de uma mudança de hábitos:
1. alimentação natural (não industrializada)
2. exercícios regulares
3. exposição ao sol e ar puro
4. respiração profunda em local de ar puro
5. ingestão de água
6. sono regular
7. não usar drogas (álcool, nicotina, cafeína etc.)
8. espiritualidade efetiva.

Para aqueles que seguem uma mudança de um só item (não comer carne vermelha) os efeitos de uma vida saudável não serão evidenciados. A estatísticas de hipertensão estão ai para provar o argumento.

Nenhum comentário: